10 fevereiro 2008

A verdade nua e crua!


DIÁRIO DE UM CÃO
1a semana

- Hoje completei uma semana de vida. Que alegria ter chegado a este mundo !
1 mês
- Minha mamãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar !
2 meses
- Hoje me separaram de minha mamãe. Ela estava muito irrequieta e, com seu olhar, disse-me adeus. Espero que a minha nova família humana " cuide tao bem de mim como ela o fez.

4 meses
- Cresci rápido; tudo me chama a atenção.
Há várias crianças na casa e para mim são como " irmaozinhos ".
Somos muito brincalhões, eles me puxam o rabo e eu os mordo de brincadeira.
5 meses
- Hoje me deram uma bronca.
Minha dona se incomodou porque fiz "pipi" dentro de casa.
Mas nunca me haviam ensinado onde deveria fazê-lo.Além do que,
durmo no hall de entrada. Nao deu para aguentar.

8 meses
- Sou um cão feliz!
Tenho o calor de um lar; sinto-me tão seguro, tão protegido...
Acho que a minha família humana me ama e me consente muitas coisas.
O pátio é todinho para mim e, às vêzes, me excedo, cavando na terra como
meus antepassados, os lobos quando escondiam a comida.
Nunca me educam. Deve ser correto tudo o que faço.
12 meses
- Hoje completo um ano. Sou um cão adulto.
Meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam.
Que orgulho devem ter de mim!


13 meses
- Hoje me acorrentaram e fico quase sem poder movimentar-me
até onde tem um raio de sol ou quando quero alguma sombra.
Dizem que vão me observar e que sou um ingrato.
Não compreendo nada do que está acontecendo.


15 meses
- Já nada é igual... moro na varanda. Sinto-me muito só.
Minha família já não me quer! As vêzes esquecem que tenho fome e sede.
Quando chove, não tenho teto que me abrigue...

16 meses
- Hoje me desceram da varanda. Estou certo de que minha família me perdoou.
Eu fiquei tão contente que pulava com gosto.
Meu rabo parecia um ventilador.
Além disso, vão levar-me a passear em sua companhia!
Nos direcionamos para a rodovia e, de repente, pararam o automóvel.
Abriram aporta e eu desci feliz, pensando que passaríamos nosso dia no campo. Não compreendo porque fecharam a porta e se foram.
"Ouçam, Esperem! "lati...se equeceram de mim...
Corri atrás do carro comtodas as minhas forcas.
Minha angústia crescia ao perceber que quase perdia o fôlego
e eles não paravam. Haviam me esquecido !

17 meses
- Procurei em vão achar o caminho de volta ao lar.
Estou esinto-me perdido!
No meu caminho existem pessoas de bom coração que me olham
com tristeza e me dão algum alimento.
Eu lhes agradeço com o meu olhar, desde o fundo deminh'alma.
Eu gostaria que me adotassem: seria leal como ninguém!
Mas somente dizem: " pobre cãozinho, deve ter se perdido. "

18 meses
- Um dia destes, passei perto de uma escola e vi muitas criancas
ejovens como meus "irmãozinhos ".
Me aproximei e um grupo deles, rindo, mejogou uma chuva de pedras
"para ver quem tinha melhor pontaria".
Uma dessaspedras, feriu-me o olho e desde então, não enxergo com ele.

19 meses
- Parece mentira.
Quando estava mais bonito, tinham compaixão demim.
Já estou muito fraco; meu aspecto mudou.
Perdi o meu olho e as pessoasme mostram a vassoura quando pretendo
deitar-me num pequena sombra.

20 meses
- Quase nao posso mover-me!
Hoje,ao tentar atravessar a rua poronde passam os carros, um me jogou !
Eu estava no lugar seguro chamado"calçada ",
mas nunca esquecerei o olhar de satisfação do condutor, que até se
vangloriou por acertar-me.
Oxalá me tivesse matado!
Mas só me deslocouas cadeiras!
A dor e terrível!
Minhas patas traseiras não me obedecem e comdificuldade
arrastei-me até a relva, na beira do caminho.
Faz dez dias que estou embaixo do sol, da chuva, do frio, sem comer.
Já não posso mexer-me!A dor é insuportável !
Sinto-me muito mal; fiquei numlugar úmido e parece que até o meu pelo esta caindo...
Algumas pessoas passam e nem me veem; outras dizem:
"não chegue perto".Já estou quase inconsciente;
mas alguma força estranha me faz abrir osolhos.
A doçura de sua voz me fez reagir.
"Pobre cãozinho, olha como te deixaram ",dizia...
junto com ela estava um senhor de avental branco.
Começou atocar-me e disse: "Sinto muito senhora,
mas este cão já não tem remédio. "Émelhor que pare de sofrer".
A gentil dama, com as lágrimas rolando pelorosto, concordou.
Como pude, mexi o rabo e olhei-a, agradecendo-lhe que me ajudasse adescansar.
Somente senti a picada da injeção e dormi para sempre,
pensando em porquetive que nascer se ninguem me queria...

Amigos, a solução não é abandonar um cão na rua, mas sim educá-lo.
Nãotransforme em problema tão grata companhia.
Ajude a abrir a consciência dos ignorantes e, assim,
poder acabar com osmaus tratos aos animais,
especialmente com o problema de cães de rua.
Repasse esta mensagem a quantas mais pessoas puderes.
Não custa nada !!!


Um grande beijo ...

By.xinha

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